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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Wellington Garcia fala de sua experiência antes do Mundial.

TCM - 01/04/2011.
Postado por: Luciano Poeys - TCM.




Piloto está vivendo a expectativa para a abertura do Mundial de Motocross na BulgáriaRedação MotoX.com.br - Por: Malu Souza - fotos: Arquivo Pessoal / Luiz Pires / Vipcomm



Wellington tem treinado em algumas das principais pistas italianas

Wellington Garcia já há um bom tempo é reconhecido no Brasil como um dos mais importantes pilotos de motocross da atualidade. Seu primeiro título nacional veio no ano de 2000, ainda na categoria 65. Depois disso o goiano conquistou mais 6 campeonatos brasileiros. O ponto alto da carreira veio de 2007 onde Wellington foi imbatível e venceu todos os campeonatos que participou: Brasileiro de Motocross MX1 e MX2, Brasileiro de Supercross SX1, Paulista de Motocross MX1 e MX2 e Arena Cross MX2.


Brasileiro está na Itália com a equipe oficial Honda gerida pela Martin Racing 

Wellington também fez parte da primeira equipe brasileira a se classificar para o Motocross das Nações. Apesar da experiência internacional, será a primeira vez que participa da abertura do Campeonato Mundial, algo bem diferente de correr os GPs aqui no Brasil ou o Nações.

A prova acontece na Bulgária, dias 9 e 10 de abril. Como parte da preparação, Wellington chegou no começo da semana passada à Itália para passar um período junto a equipe Martin Racing, que está dando todo o suporte a ele antes da competição. Na entrevista a seguir, o competidor conta um pouco sobre essa experiência, suas primeiras impressões e sobre a expectativa para o principal campeonato da modalidade.

Primeiro, como foi receber essa oportunidade de correr uma etapa do Mundial? A notícia foi tão boa, mas tão boa que nem eu esperava tanto. Fiquei muito feliz ao saber que poderia participar de uma prova fora do país, ainda mais no Mundial. Foi muito bacana mesmo. Agora que estou aqui, tenho que me concentrar e fazer valer à pena todo o treinamento que estou tendo, além é claro, da corrida, e torcer para que tudo que eu fiz eu consiga executar no dia da prova.

Como foi sua chegada à Itália? Quando você está muito empolgado com alguma coisa tudo é maravilhoso. Mas foi realmente ótimo. Só tive um probleminha na Alemanha. Quando fui fazer a conexão quase perdi meu vôo para Veneza porque o do Brasil atrasou. Foi bem tenso. Tive que correr pelo aeroporto gigante pra não perder o vôo.

Os treinamentos são similares ou completamente diferentes do Brasil? São similares, mas o problema é que as pistas daqui são mais técnicas e com muito mais buracos e canaletas, e olha que eu treino em uma pista bem difícil no Brasil. A pista que mais gostei e que mais achei difícil foi a de Mantova. Queria uma pista daquelas na minha casa.

Você não correu o Italiano, assim como estava previsto, mas teve a chance de acompanhar?Infelizmente não deu pra eu correr e acabei nem indo também. Queria muito ter participado da prova, mas não foi possível por causa da minha licença internacional que não estava pronta quando eu saí do Brasil.


O goiano conta com a juda da Martin Racing e de pilotos como Rui Gonçalves e Evgeny Bobryshev





Como é o tratamento da equipe com você? É ótimo. Toda a equipe tem me dado o suporte que eu preciso, principalmente o Marquinhos (Freitas) que tem sido um pai aqui pra mim. Isso é muito importante quando você esta fora do país. Até mesmo os pilotos da Martin, o Rui Gonçalves e o Evgeny Bobryshev foram muito bacanas comigo e estão me dando a maior força.


Como está a expectativa para a primeira etapa do Mundial? A expectativa está muito grande porque, pelo menos pra mim, uma abertura de campeonato é sempre muito difícil. Está todo mundo muito bem. Pouquíssimos pilotos com problemas. Todo mundo dá o melhor, porque ninguém tem pontos ainda. É quando todos ali têm chances de ir bem. Fora que todo o Brasil está aí ansioso também para que eu consiga ir bem. Tudo isso gera uma expectativa muito grande para aquelas duas baterias de 35 minutos mais duas voltas.

É possível manter a concentração com tanta novidade?Sem dúvida, mesmo porque a concentração é fundamental. Sem concentração ficamos bem mais vulneráveis.

Você já disputou o Motocross das Nações e conhece os principais adversários, mas dá um frio na barriga? Sem dúvida. A pressão aqui é como a de uma final de campeonato. Aqui só os melhores do mundo vão correr. Só de pensar isso já dá um frio na barriga.

Existe a possibilidade de você disputar a segunda etapa, já que o Swian ainda está em recuperação?
Não faço idéia. Não sei como estão as coisas. O que eu sei até agora é que a minha prioridade é a Superliga e que na segunda-feira depois da corrida eu volto para disputar a Superliga. Depois veremos como as coisas vão acontecer.


Wellington no GP Brasil de 2010 em Campo Grande - MS

Quando voltar ao Brasil, o que levará como experiência para as provas nacionais? Eu acho que em uma viagem como essa se aprende muito em todos os aspectos, ainda mais da forma que vim, sozinho. Acho que será muito importante para a minha vida. E sem dúvida em termos técnicos, acho que nós ainda estamos precisando de muito para chegar ao nível dos pilotos daqui de fora, muito para a infra-estrutura, muito com a parte de motocicletas especiais, e muito na parte de pistas. Porém, o Brasil tem evoluído a cada dia, um pouco em cada fator e o importante é continuarmos com essa evolução que está constantemente acontecendo. Quero agradecer a Honda que me ofereceu essa brilhante oportunidade.

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