Na manhã desta segunda-feira, 21, no aeroporto de São Paulo esperando o voo para Belo Horizonte, Minas Gerais, Antônio Jorge Balbi Júnior ainda sentia dores na cabeça e no braço direito. Resultado do acidente na primeira volta dos treinos cronometrados de sábado, 19, a queda na mesa de chegada o deixou desacordado por alguns minutos e resultou em fraturas no pulso e no rosto. Balbi será analisado por um ortopedista na capital mineira na tarde desta segunda-feira, e só então poderá definir seus planos para o futuro.
O piloto divide com o internauta do BRMX suas impressões sobre o fim de semana em um bate-papo rápido:
- Cheguei a Chapecó na sexta-feira, e ao caminhar pela pista já percebi que o chão estava duro igual concreto. Pedi aos responsáveis pela prova que gradeassem mais fundo e que molhassem o chão para baixar a velocidade, o que não aconteceu. No sábado, a média de velocidade na pista estava em 65 km/h, o que é proibido pela FIM, e antes de me acidentar, vi outros três acidentes acontecerem. Minha queda ocorreu em um salto mal projetado no fim de uma reta em quarta. Fui dar um scrub, a pedaleira tocou no chão e o acidente aconteceu – comentou.
O piloto voltou a reclamar das pistas brasileiras
- Foi um erro meu, não o coloco em ninguém, mas sofri um acidente sério e quero deixar registrado minha insatisfação com as pistas brasileiras. A Honda sempre reclamou que as pistas da CBM não eram seguras, mas nesta temporada, as pitas do Brasileiro se mostraram mais seguras que as da Superliga. Na segunda etapa, em Cachoeiro do Itapemirim (ES), a média de velocidade já ficou em 63km/h, e nenhuma atitude foi tomada. Em Chapecó, passamos o fim de semana pedindo, de forma educada, que alguma atitude fosse tomada para garantir a segurança dos pilotos, só que não fomos ouvidos. Para o tamanho do acidente que sofri, a lesão foi mínima e, com certeza, vou voltar rapidamente às competições. Mas, será que só vão nos dar ouvido quando ocorrer um acidente fatal? – argumentou o piloto.
Diagnóstico da lesão
- Fui avaliado por dois ortopedistas em Chapecó e ambos constataram que fraturei um osso no rosto e o pulso direito. O grande problema está na fratura do braço, se fosse apenas a do rosto eu teria corrido a prova. Serei avaliado pelo meu ortopedista hoje (segunda-feira) à tarde, e só então saberei quanto tempo ficarei parado e qual o melhor tratamento para a recuperação. Com certeza não participarei da terceira etapa do Brasileiro, em Quissamã (RJ), estou trabalhando em prol da equipe (2B Duracell Racing) e se for necessária minha presença na etapa, com certeza estarei lá. Mas, quero priorizar minha recuperação e tudo irá depender do que for avaliado na consulta de logo mais – completa.
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