Pesquisar este blog

TCM

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Scott Simon vive sonho brasileiro.

TCM - 26/11/2010.


Campeão brasileiro de motocross apresenta sua galeria de troféus conquistados no segundo semestre de 2011 - Foto: Elton Souza/BRMX

O Brasil conheceu há duas semanas seu campeão brasileiro de motocross na temporada 2010. O norte-americano Scott Simon, da Pro Tork Racing Team, conquistou o título das classes MX1 e MX2 em Guará, Distrito Federal, no dia 14 de novembro, com uma rodada de antecedência para o fim da competição.

A equipe do BRMX foi a Curitiba no sábado, 20 de novembro, para conversar com Simon. A ideia era conhecer o lugar onde o piloto mora, apresentar ao internauta um pouco mais da vida deste atleta e, principalmente, fugir do assunto motocross. Falhamos neste último quesito.

Afinal, dos 24 anos de vida, 20 deles foram dedicados ao motocross. Natural de San Diego, na Califórnia, Simon confessa que até tentou “viver a vida sobre as ondas”, mas é o mundo sobre duas rodas que está no sangue. O piloto revela que seu avô paterno pratica motocross até a atualidade, aos 70 anos de idade, e que seu pai também o ajudou a escolher o caminho.

– Eu era uma criança e ele me disse: você só vai andar de motocross no momento em que deixar de ter as quatro rodas na bicicleta e passar a andar só com as duas – conta.

– Ele saiu para o trabalho, e eu fui logo tratar de tirar as rodas laterais e passei o dia inteiro aprendendo a me equilibrar em duas rodas. Quando meu pai voltou, mostrei para ele que poderia andar de moto e nunca mais parei – narra o piloto em português.

California Dreaming


O californiano Scott Simon até tentou, mas o surfe não é a sua praia - Foto: Arquivo Pessoal

Morando no Brasil pouco mais de um ano, Scott Simon fala e compreende português. Se não entende o que alguém fala, rapidamente dispara a frase “desculpa, mas não entendi”.

Ele garante que gosta do país e só sente falta de morar próximo ao mar. Para matar a saudade, no entanto, adotou Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, como sua segunda casa e trocou o oceano Pacífico pelo Atlântico.

– Gosto da vida à noite em Balneário Camboriú. As pessoas e o clima da cidade são muito parecidos com a Califórnia. Aqui em Curitiba, as pessoas são muito fechadas – aponta o piloto, que mora no bairro Campina da Siqueira, próximo ao Parque Barigüi, área nobre da capital paranaense.

Para Simon, os primeiros meses em Curitiba foram os mais difíceis. Ele conta que não compreendia as placas de trânsito, não falava a língua local e não reconhecia os números.

Por sorte, pôde contar com a ajuda do piloto Davis Guimarães, seu companheiro de equipe. Simon morou na residência de Davis nos primeiros quatro meses de Brasil.

– Sem ele, não estaria aqui, com certeza. Não teria nem contrato com a Pro Tork – reconhece o piloto.

– A primeira coisa que aprendi no Brasil foram os números. Porque, quando eu queria comprar algo e não sabia quanto custava, acabava entregando todo o dinheiro para a pessoa retirar somente o valor – descreve.

– Depois que eu aprendi os números, percebi que uma nota de 20 reais rende bem mais do que costumava render anteriormente – lembra o piloto. Simon ri de sua ingenuidade ao lembrar-se do fato ocorrido em plena São Paulo, quando veio ao Brasil pela primeira vez, em 2008.

Moto ou avião?

O campeão brasileiro reconhece que leva uma vida boa no país e que desde março não viaja aos Estados Unidos. Segundo ele, o piloto profissional tem que enfrentar os desafios na pista e também a saudade de casa.

– Gosto de estar em família, mas é preciso ser frio e controlar o coração para que isso não atrapalhe o meu rendimento. Sei que em alguns anos não vou mais correr, por isso preciso aproveitar este momento – diz.

Scott conta que pouco antes de acertar sua contratação com a Pro Tork Racing Team para a temporada 2010, ele estava prestes a ingressar no curso de piloto de avião.

– Em agosto de 2009, vim ao Brasil para passar três semanas e na volta para os Estados Unidos iria começar meu curso de piloto de avião. Mas, como o Marlon (Bonilha, diretor da Pro Tork) precisava de um piloto, o Davis acabou sugerindo meu nome – conta.

– Vencer este ano foi importante, pois se eu não ganhasse este campeonato, acredito que seria meu último ano como piloto. Era tudo ou nada. Por isso, desde o início do ano, foquei meus objetivos na competição e busquei alcançar 110% do meu rendimento – define.

Scott Simon deixa seu recado para os internautas do BRMX. Assista!

Scott Simon no BRMX from BrasileiroMX on Vimeo.



E o que esperar do Scott Simon em 2011?


– Ser campeão de muito mais. Já iniciei a pré-temporada em outubro. Estou fazendo um bom treino na academia para ter uma base física forte no ano que vem. Em dezembro, volto para os Estados Unidos para umas férias rápidas e quero aproveitar para andar com os meus amigos nas pistas da Califórnia – diz.

– Ano que vem quero fazer a etapa do Mundial de Motocross no Brasil e conquistar os títulos do Campeonato Brasileiro e da Superliga de Motocross. E quero conhecer mais praias também! – comenta.

Scott Simon revela que um de seus planos é defender o Brasil no Motocross das Nações. Mas para que isso aconteça, ele precisa da cidadania brasileira.

– Tenho meu visto de trabalho válido por oito anos, tenho RG e CPF brasileiros, mas quero o visto permanente, pois meu sonho é andar o Nações pelo Brasil.

Para isso, Scott Simon precisa casar e ter filhos no Brasil ou ter um investimento de US$ 50 mil no país. Qual o item parece mais vantajoso, Scott?

– Acho que os 50 mil é menos dinheiro – brinca o campeão.


Scott Simon e Marlon Bonilha, diretor da Pro Tork, assinam o contrato para a temporada 2010 do Brasileiro de Motocross - Foto: Arquivo Pessoal

:: Acesse e participe da promoção para ganhar a camisa autografada por Scott Simon

Fonte: www.brmx.com.br - Por: Elton Souza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário