Postado por: Luciano Poeys - TCM.
Guia MotoX de Preparação Física
Redação MotoX.com.br - Por Marisa Agresta / Roberto Cesar de Oliveira - Fotos: Maurício Arruda
A infância e a adolescência representam os períodos mais críticos da vida e o seu contexto poderá ter importantes consequências, na auto-estima e no desenvolvimento social do indivíduo. Portanto, a experiência esportiva das crianças pode ter efeitos para toda a vida sobre a sua personalidade. A participação no esporte competitivo não é automaticamente benéfica para a criança. O desenvolvimento do caráter, da liderança e do espírito esportivo, não ocorre por meio da simples participação no esporte competitivo. Esses benefícios necessitam de uma supervisão adulta competente de líderes que entendam as crianças e saibam como estruturar programas que forneçam experiências de aprendizagem positivas. No motocross não é diferente.
Avaliando o aspecto psicomotor, ligado à detecção de talentos, será que seria só pedir para a criança acelerar a moto, sem que haja também um trabalho de aprendizagem e desenvolvimento motor adequado e adaptado à idade sem pensar na técnica do esporte? Será que crianças menores de 10 anos têm algumas das qualidades físicas inerentes ao esporte: equilíbrio estático, dinâmico e recuperado já bem desenvolvidas para a modalidade? E a coordenação motora? E as habilidades de locomoção e manipulação? A criança está preparada em todas as capacidades físicas necessárias para pilotar uma moto?
Na psicologia, existem algumas razões que motivam crianças e jovens a praticarem esportes. A maioria das crianças participa de esportes para divertir-se. Entre outras razões, podemos citar: fazer alguma coisa na qual são boas; melhorar suas habilidades; fazer exercício e ficar em forma; estar com seus amigos; fazer novas amizades e, finalmente, competir.
Mas porque a estatística mostra que para cada 10 crianças que começam uma temporada de esportes em geral, de 3 a 4 desistem antes da temporada terminar? Os estudos mostram que dentre os motivos que mais levam crianças e jovens a desistir de programas esportivos organizados (que envolvem competição) são: ter outras coisas para fazer e mudanças de interesse. Outros motivos (e não menos importantes) foram comentados pelas crianças quando questionadas nas pesquisas: “não foi bom como queria que fosse”; “não gostava da pressão”
; “o treino era muito duro”.
Efetivamente, os psicólogos do esporte observam que os pequenos atletas que interrompem precocemente a carreira esportiva frequentemente apresentam baixa percepção de competência (ou seja, o quanto ele se sente confiante em relação ao seu próprio desempenho) e ainda, quando vivenciam muitas situações que geram estresse.
Desta forma, entendemos que os dirigentes e profissionais envolvidos no esporte infanto-juvenil apresentam uma tarefa importante, ou seja, a de descobrir formas de melhorar a percepção das crianças sobre suas capacidades. Uma das formas para se atingir esta meta é ensinar as crianças a avaliarem seus desempenhos por seus próprios padrões de melhora e não por resultados de competições (vitórias ou derrotas). Quando atletas jovens se sentem importantes e competentes em relação à atividade, eles tendem a participar.
Vencer não deve ser a única razão para que crianças e jovens participem de esportes. O ideal seria estabelecer metas individuais, em que os pequenos atletas comparem seus desempenhos com seus próprios padrões, e não apenas focar a atenção nos resultados das competições. Desta forma, provavelmente, eles se sentirão competentes.
Em segundo lugar, o ideal também seria encorajar relacionamentos positivos entre as crianças, em uma tentativa de aumentar a auto-estima de todos, e ainda, que eles aprendam a conviver com seus colegas em um ambiente pacífico e de respeito. O esporte é uma atividade lúdica, livre, competitiva e voluntária.
Enfim, podemos dizer que o esporte necessita de modelos de pais e profissionais que motivem os pequenos e jovens atletas. Na convivência de pessoas que fazem parte do modelo para motivar, aparecem frases como: “ensina-me a competir; a ganhar novos amigos; a gostar do meu esporte; mas acima de tudo, ensina-me a perder”.
Consulte o site site MX Training para obter mais dicas.
Dra. Marisa Agresta
Psicóloga clínica, com especialização em Psicologia do Esporte
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
Prof. Roberto Cesar de OliveiraProfessor de Educação Física e Fisiologista do Exercício
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
Pós-Graduado em Treinamento Desportivo pela UNICAMP.
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP.
Autor do Livro: "Personal Training - uma abordagem metodológica".
Contato: performa@uol.com.br
Redação MotoX.com.br - Por Marisa Agresta / Roberto Cesar de Oliveira - Fotos: Maurício Arruda
Para que a participação no esporte competitivo seja benéfica para a criança ela deve ser supervisionada e vir acompanhada de experiências de aprendizagem positivas |
A infância e a adolescência representam os períodos mais críticos da vida e o seu contexto poderá ter importantes consequências, na auto-estima e no desenvolvimento social do indivíduo. Portanto, a experiência esportiva das crianças pode ter efeitos para toda a vida sobre a sua personalidade. A participação no esporte competitivo não é automaticamente benéfica para a criança. O desenvolvimento do caráter, da liderança e do espírito esportivo, não ocorre por meio da simples participação no esporte competitivo. Esses benefícios necessitam de uma supervisão adulta competente de líderes que entendam as crianças e saibam como estruturar programas que forneçam experiências de aprendizagem positivas. No motocross não é diferente.
A maioria das crianças participa de esportes para divertir-se |
Na psicologia, existem algumas razões que motivam crianças e jovens a praticarem esportes. A maioria das crianças participa de esportes para divertir-se. Entre outras razões, podemos citar: fazer alguma coisa na qual são boas; melhorar suas habilidades; fazer exercício e ficar em forma; estar com seus amigos; fazer novas amizades e, finalmente, competir.
Mas porque a estatística mostra que para cada 10 crianças que começam uma temporada de esportes em geral, de 3 a 4 desistem antes da temporada terminar? Os estudos mostram que dentre os motivos que mais levam crianças e jovens a desistir de programas esportivos organizados (que envolvem competição) são: ter outras coisas para fazer e mudanças de interesse. Outros motivos (e não menos importantes) foram comentados pelas crianças quando questionadas nas pesquisas: “não foi bom como queria que fosse”; “não gostava da pressão”
; “o treino era muito duro”.
É fundamental ensinar as crianças a avaliarem seus desempenhos por seus próprios padrões de melhora e não por resultados de competições |
Efetivamente, os psicólogos do esporte observam que os pequenos atletas que interrompem precocemente a carreira esportiva frequentemente apresentam baixa percepção de competência (ou seja, o quanto ele se sente confiante em relação ao seu próprio desempenho) e ainda, quando vivenciam muitas situações que geram estresse.
O esporte é uma atividade lúdica, livre, competitiva e voluntária |
Vencer não deve ser a única razão para que crianças e jovens participem de esportes. O ideal seria estabelecer metas individuais, em que os pequenos atletas comparem seus desempenhos com seus próprios padrões, e não apenas focar a atenção nos resultados das competições. Desta forma, provavelmente, eles se sentirão competentes.
Em segundo lugar, o ideal também seria encorajar relacionamentos positivos entre as crianças, em uma tentativa de aumentar a auto-estima de todos, e ainda, que eles aprendam a conviver com seus colegas em um ambiente pacífico e de respeito. O esporte é uma atividade lúdica, livre, competitiva e voluntária.
Enfim, podemos dizer que o esporte necessita de modelos de pais e profissionais que motivem os pequenos e jovens atletas. Na convivência de pessoas que fazem parte do modelo para motivar, aparecem frases como: “ensina-me a competir; a ganhar novos amigos; a gostar do meu esporte; mas acima de tudo, ensina-me a perder”.
Consulte o site site MX Training para obter mais dicas.
Dra. Marisa Agresta
Psicóloga clínica, com especialização em Psicologia do Esporte
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
Prof. Roberto Cesar de OliveiraProfessor de Educação Física e Fisiologista do Exercício
Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
Pós-Graduado em Treinamento Desportivo pela UNICAMP.
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP.
Autor do Livro: "Personal Training - uma abordagem metodológica".
Contato: performa@uol.com.br
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