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TCM

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SCOTT SIMON VOLTA PARA AMÉRICA.

TCM - 03/02/2011.

Sentado aqui em um dos meus últimos dias no Brasil eu cheguei a conclusão que eu deveria escrever uma pequena carta sobre o tempo que passei aqui para os meus fãs e para todos que me ajudaram de alguma forma.



Minha aventura no Brasil começou quando meu agora amigo Davis Guimarães me ligou em 2008 para ver se eu tinha interesse em pilotar no Brasil na Dunas Racing. Para mim, pareceu uma ótima oportunidade, então eu consegui um voo o mais rápido que eu pude e antes que eu soubesse, eu estava no Brasil para fechar um contrato para a temporada de 2008.



Nesta época eu botei na minha cabeça que eu gostaria de ser um campeão brasileiro. Infelizmente, algum tempo depois, eu estava aqui e sofri um acidente horrível e quebrei meus dois tornozelos e minha temporada acabou mais rápido que um piscar de olhos. Eu nunha tinha tido um acidente tão ruim em toda minha vida quanto aquele.

Depois de ficar em uma cadeira de rodas por cinco meses e ter que aprender a andar novamente, eu me dei conta que era hora de continuar a minha vida e dar o próximo passo fazendo uma nova carreira. Naquele momento, eu não queria passar por toda aquela dor novamente.



Depois de trabalhar em um emprego comum e ficar um ano e meio longe dos treinamentos e das corridas, meu amigo Thiago me convenceu de retornar para o Brasil nas férias e treinar algumas crianças. Para mim pareceu uma idéia maravilhosa: tirar três semanas de férias e ainda me divertir por aqui.



Nem três dias depois de chegar ao Brasil, meu amigo Davis me ligou mais uma vez para ver se eu estava interessado em pilotar novamente para ProTork. Em um primeiro momento eu ri porque já fazia tanto tempo que eu não treinava mais, e eu acabei falando para ele: “Você é louco! Eu estou gordo e fora de forma”. Eu acho que não levou muito tempo para ele me convencer, pois nem dois dias depois eu estava em um avião em direção a Curitiba para uma reunião com a ProTork, Davis e Paulinho Stedile. Três semanas de férias se transformariam em ano e meio que eu nunca esquecerei pelo resto da minha vida.




























A reunião não poderia ter sido melhor. Eu acabei fechando um contrato para a temporada de 2010. Eu me mudei para a casa do Davis e de sua família em Curitiba para morar os primeiros quatro meses. Assim, ele poderia me ajudar a entrar numa boa rotina e a treinar na pista certa para me tornar um campeão brasileiro. Eu não conseguiria aceitar algo menor do que ser o número um neste ano. Na minha cabeça eu sabia que poderia ser meu último ano pilotando, então eu queria ter a certeza que estava fazendo tudo certo, tudo 100%, pois eu não queria ter que olhar para trás e pensar que eu poderia ter feito melhor. Se eu ganhasse ou perdesse, eu sabia que aquele era o MEU melhor.

À partir daquele momento, minha vida consistiu em dormir, comer e treinar. Eu deixei minha vida de lado pois eu sabia que isso era o que eu precisaria para estar em forma para poder vencer. Felizmente eu tinha uma ótima equipe ao meu lado e estava rodeado de pessoas que também queriam vencer: meeu personal Everton, Dr. Marco Aranha da Clínica Napes, meu mecânico Sheba e Clovis, e meu companheiro das corridas, Davis.


Como diz o velho ditado, “trabalho duro, compensa”, isso não poderia ser mais verdadeiro. Tudo que eu mentalizei nesse ano, eu fiz. Não aconteceu de forma fácil, mas eu já sabia que não aconteceria. Ter me mantido focado e ter colocado na minha cabeça que eu queria ser um campeão foi grande um sonho que se tornou realidade. Depois de vencer os dois campeonatos neste ano de 2010 (MX1 e MX2), eu senti que eu fui capaz de realizar um objetivo e um sonho que eu já gostaria de ter realizado em 2008 quando eu estava com a Dunas.



Se você realmente quer alguma coisa e está preparado para trabalhar por isso, você consegue. Talvez não na hora que você queira, mas se você é paciente e sempre persistir, isso virá para você algum dia na sua vida. As pessoas sempre me falavam isso, mas finalmente eu aprendi que é verdade. Eu espero que alguns de vocês possam aprender com a minha experiência e usar isso para alcançar os seus próprios sonhos!



Depois de um ano maravilho, já era hora de retornar aos Estados Unidos e visitar minha família nas férias. Antes de partir, eu não assinei meu contrato com a ProTork para a temporada de 2011. Enquanto eu estava em casa, uma ótima oportunidade apareceu para eu trabalhar para a empresa de um amigo construindo pistas pelo mundo. Pilotar está no meu sangue e é algo que eu realmente amo, mas não é todos os dia que aparecem boas oportunidades como essa. Então eu tive que me dar conta, antes mesmo de retornar ao Brasil, que eu iria me mudar de volta para casa e mais uma vez recomeçar a minha vida longe das corridas.



Se eu quisesse ficar e pilotar pela ProTork eu teria um novo contrato, mas em uma reunião eu expliquei a minha situação e eles entenderam. Eu sinto que eu alcancei meus objetivos e eu estou feliz por tudo que eu fiz nos anos em que eu pilotei. Claro que eu sentirei falta, porque isso tudo fez parte da minha vida nos últimos 20 anos, mas como um campeão, eu posso partir com um sorriso na minha cara.

Eu quero agradecer especialmente à ProTork por me ajudar realizar um sonho. E eu fico muito contente que eles fizeram parte de um ano de vitórias. Eu não posso deixar de agradecer tudo o que estas pessoas fizeram para mim também, sem eles eu não estaria aqui hoje: minha família, Dunas Yamaha, Marcos Moraes e família, Davis Guimarães e família, Marcos Marcos Vinicios (Mala), Everton Rodrigo, Clovis Castello, Sheba Vargas, Clínica Napes, Paulinho Stedile, Thiago Limberger e família, Gustavo Borges Academia, Adrenalina, Factory Connection, and Dash Industries.

Obrigado a todos meus amigos e fãs que sempre torcerram por mim para ser o número 1!
Sem vocês, nada disso seria possível!
Muito obrigado!

Contato Scott Simon -scottsimon181@gmail.com

Fonte: www.mxracing.com.br

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