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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TESTE: Gas Gas EC 200: ACOMPANHE COMO ANDA ESTA MOTO.


Testamos com exclusividade a GAS GAS EC 200. Conheça do que é capaz esta bela e potente Enduro espanhola ,que mantém vivo o motor 2 tempos.


Visual.

Não há como a Gas Gas não chamar a atenção pelo visual. No Brasil, estamos acostumados com as motos japonesas, que salvo as devidas proporções, são bem parecidas entre si.





Vista direita.


Até 2006, a empresa diferenciava seus modelos pela cor, sendo que em amarelo eram as motos de 125 e 200cc; vermelho para as de 50, 250, 400 e 450cc e azul para as de 300cc. A partir de 2007, todas passaram a ser vermelhas. Apenas para as motos “Racing Edition” foi adotada a cor branca.Para 2009, a empresa espanhola adotou mais a cor preta em seus modelos, mantendo a base em vermelho. Os adesivos são mais predominantes em preto e também a balança traseira, esta que só estamos acostumados a ver nesta cor em motos motard.Os plásticos, assim como os adesivos são de ótima qualidade. O bodykit é bem anguloso. O farol é pequeno e bem acertado com a carenagem. Já a lanterna traseira é formada por leds. Apenas o porta pacas é um pouco estranho, longo e muito na vertical. Até os piscas que acompanham a moto são de desenho moderno.Mesmo sabendo beleza é algo muito subjetivo, deixo minha opinião sobre a moto: Belíssima!

Ergonomia.

A impressão de ser uma moto alta se comprovou ao subir na moto. Não que eu seja uma pessoa alta, mas no meu 1,75m, ficou difícil tocar os dois pés no chão ao mesmo tempo. Em trilhas bem travadas ou com muitas pedras, essa altura toda pode ser um pouco prejudicial.Mesmo para quem gosta (como eu) de um assento com espuma densa, a Gas Gas parece ter que exagerado. Sentando na moto, parece que a espuma não cede nada. Tendo uma capa anti derrapante, o piloto fica preso sobre a moto.A embreagem é de acionamento hidráulico, o que dispensa qualquer comentário, a não ser o óbvio: muito leve de acionar e precisa.Já o comutador dos faróis é algo bem diferente do que se está acostumado a ver. Um botão giratório faz o serviço de ligar o farol/lanterna e alternar luz alta e baixa. No mesmo equipamento estão agrupados os botões das setas, buzina e corte de corrente do motor.O único senão vai para o local escolhido para o corta corrente do motor. Por ficar escondido à frente do guidão e por ter outro botão inoperante ao lado, o piloto (que perde o tato devido estar usando luva) tem que procurá-lo.



Posição incomum para o corta-corrente.



A EC 200 é bastante esguia, permitindo uma tocada em pé conseguindo “abraçar” a moto com as pernas. O guidão estilo fat bar de alumínio encontra-se numa posição elevada, facilitando esta pilotagem.O acelerador é bem leve e tem um curso bom. As manoplas são macias e tem um bom grip.Outra novidade, pelo menos em se tratando de motos 2T é o acionamento do afogador. Um pequeno manete acima do manete da embreagem (mas “escondido” atrás do comutador do farol) aciona o sistema de enriquecimento da partida.




Formato diferente para a chave de luz.



Uma coisa que se estranha é a altura do pedal de freio, mas algo facilmente resolvido, como se verá adiante.Já o cavalete lateral é algo que assusta o desavisado. Tirando a moto do seu apoio, ele se fecha sozinho, podendo acertar o piloto. Entrei em contato com um amigo espanhol, e ele me disse que isso se deve ao fato da legislação espanhola exigir que o cavalete se feche sozinho, para evitar que o piloto/motociclista esqueça de recolhe-lo ao sair com a moto. Vai entender...




Cavalete lateral que rebate "sozinho".



Na Pista.

Uma batida no pedal de partida e o motor começa a trabalhar. A ponteira é extremamente silenciosa, sendo que o som característico do motor 2T vem mais da ressonância dos gases dentro da curva do escape.





Alex

Uma volta de reconhecimento na pista e para familiarizar-se com os comandos e já se pode enrolar o cabo para “descobrir” as verdades da moto.


A moto esbanja potência, mas sob controle.


Se você andou com motos nacionais 2T na década de 90 e acha que por esta Gas Gas ser da mesma cilindrada teria algo em comum, pode esquecer. A progressividade do motor é tamanha que, se não fosse pelo ronco do 2T, parecia estar-se andando numa 4T. A entrega de potência não é estúpida, do tipo 8 ou 80, mas sim linear. Pode-se torcer o acelerador que o motor vai enchendo rapidamente, mas sem pregar sustos no piloto.


As suspensões são um show a parte.

O motor é alimentado por um carburador Keihin de 38mm. Já a admissão é direta. Ou seja, ao invés da admissão da mistura passar pelas lâminas e ir para o interior do pistão para então ser pré comprimida no cárter, a mistura já é lançada no próprio cárter.



Motor de 200cc e 38cv.



Logicamente que como toda 2T de baixa cilindrada, o torque em baixa praticamente não existe. Mas isso ocorre quando, por exemplo, se faz uma curva fechada de 180 graus, quando se sai da curva se giro nenhum no motor. Neste ponto, o motor demora um pouco para acordar. Nestas condições, tem que se deixar o acelerador um pouco aberto para manter o giro do motor. Mas passando dos 3000rpm, o motor acorda e vai subindo de giro linearmente.





Escape cromado de fábrica.


Sabe quando se está naquela trilha e a frente tem um riacho para atravessar? E lá no meio do dito cujo a moto tomba e “bebe” um punhado de água? Além de xingar muito, o piloto tem aquela trabalheira de tirar a vela, colocar a moto de cabeça para baixo e pedalar para expulsar a água do motor. Chato pra caramba, convenhamos. Mas se com a Gas Gas não é garantido que você passe “a seco” pelo riacho, esse trabalho todo é minimizado. É que no carter esquerdo a empresa catalã colocou um parafusos Allen para drenar a água. Basta uma ferramenta para abrir este parafuso e a gravidade faz o resto (claro que umas pedalas ajudam muito). Um detalhe simples que deveria ter em qualquer moto off road e que ajuda muito na hora do sufoco.



Parafuso para dreno do cárter.

O câmbio bem escalonado de 6 marchas é um pouco duro, mas preciso. Nada que uma voltas com a moto para se acostumar com a dureza dele.





Sandro Barg - GS Motos.



Felipe Barg - GS Motos.


As suspensões são outro show a parte. Mesmo com as regulagens de fábrica, se comportaram muito bem, embora as bengalas Marzochi (com tratamento anti-atrito – nitratadas) estavam um pouco macias demais para meu gosto. Mas nada que uma regulagem não resolvesse o problema. Já o amortecedor sachs, com reservatório externo de gás copiou perfeitamente o terreno, deixando sempre a roda traseira no chão e proporcionando assim uma ótima tração.


Suspensão dianteira Marzochi com regulagem.


No quesito frenagem, a moto vem equipada com pinças Nissin e discos NG. Na dianteira o disco tem 260mm de diâmetro “alicatado” por uma pinça de duplo pistão. Na traseira, o disco é de 220mm e a pinça de pistão simples. Outro detalhe é que o pedal freio vem muito alto em relação a pedaleira, além de muito para fora, afastado do motor. Por alguma vezes, me peguei com o pé apoiado sobre o pedal. Quanto a altura, a GS Motos resolveu colocando um parafuso de regulagem menor, fazendo assim a ponta do pedal descer. Simples e prático!


Pedaleira/Pedal de freio.


Disco dianteiro NG e pinça de pistão duplo Nissin.

Ainda falando em freios, o conjunto não tem a progressividade que se esperava, mas cumpre bem o papel de parar a moto.

Disco Traseiro NG e pinça de pistão simples Nissin.


Tratemos do chassis. A maioria das marcas européias (pelo menos a mais importantes) relutam em usar um chassis de dupla viga de alumínio, já usual nas motos japonesas. Mas nem por isso o chassis da Gas Gas merece qualquer crítica, pelo contrário. Trata-se de um Deltabox como tubos “D” em cromolibidenio com novos componentes na micro fusão. Excepcionalmente maneável com grande estabilidade e rigidez. Simplesmente fantástico! Já o subframe é em alumínio.


Grife.


A moto testada vem de fábrica com guidão estilo fat bar em alumínio, aros de rodas em alumínio da marca D.I.D.modelo Dirt Star, corrente Regina, filtro de ar da Twin Air, além da comentada suspensão dianteira Marzochi e traseira Sachs ambas com multi regulagem de compressão e retorno, dão o toque de profissionalismo na moto. A moto traz ainda um lindo painel digital com várias funções, detre elas dois hodômetros zeráveis, relógio e velocímetro, muito úteis para quem for competir e competições que se utiliza navegação.



Painel digital.

Conclusão.

Na minha opinião, a EC 200 seria a moto ideal para o iniciante no off road, ou quem esteja saindo de uma nacional para pegar uma especial, justamente pelo comportamento do motor. Ao invés de partir direto para uma estúpida 450cc de 4T, onde se briga com a moto quase que o tempo todo, a EX 200 esbanja força mas entrega essa cavalaria de forma suave. No mais, a moto tem tudo que qualquer outra especial possa trazer:um excelente chassis, suspensões de ponta...




A EC 200 é bastante esguia, permitindo uma tocada em pé conseguindo "abraçar" a moto com as pernas.




PROS E CONTRAS


PROS

Chassis
Motor

CONTRAS

Posição do Corta Corrente
Posição do pedal de freio

A título e curiosidade sobre o nome Gas Gas: Uma das hipóteses estaria relacionada ao fato de que o "gás" na verdade significa "acelerar". Desta forma, a empresa seria capaz de promover as suas motos como veículos que proporcionam desempenho avançado. O slogan Gas Gas = Fast Fast foi usado por um importador americano a partir de 1999-2002 para tentar ajudar as pessoas a compreender o nome da montadora.


Ficha técnica
Cilindrada: 199,4cc
Motor: Monocilíndrico 2 tempos, com admissão por lâminas direta no carter
Potência declarada: 38cv
Arrefecimento: Liquido
Alimentação:Carburador Keihin 38mm
Diâmetro X Curso: 62,5 x 65mm
Ignição: Volante magnético digital CDI
Cambio: 6 velocidades
Embreagem: Discos em banho de óleo com acionamento hidráulico
Transmissão: Primária por engrenagens; secundária por corrente
Lubrificação motor: Mistura de 2% de óleo diretamente no combustível
Chassis: Tipo Deltabox, fabricado em tubos “D” em cromoly; subframe em alumínio com barras quadradas.
Susp. Dianteira: Tubos invertidos, Maezochi 48mm de diâmetro, curso de 295mm
Susp. Traseira: Balança em alumínio; amortecedor Sachs com sistema progressivo, curso de 310mm.
Freio dianteiro: Disco de 260mm de diâmetro com bomba e pinça Nissin de pistão duplo
Freio traseiro: Disco de 220mm de diâmetro com bomba e pinça Nissin de pistão simples
Roda dianteira: Aro de alumínio D.I.D., 21” de diâmetro com pneu Michelin 90x90-21
Roda traseira: Aro de alumínio D.I.D., 19” de diâmetro com pneu Michelin 140x80-19
Pedal de partida: Alumínio forjado
Pedal câmbio: Alumínio forjado com ponteira retrátil
Pedal de freio: Alumínio forjado com ponteira retrátil
Dimensões (mm): Comprimento: 2135 / Largura: 810; Altura: 1260
Dist. entre Eixos: 1460mm
Altura do banco: 945mm
Capac. Tanque: 9,5L
Peso a seco: 97Kg

Onde encontrar:

GS Motos
http://www.gsmotos.com.br/(47) 3355-1015 / 3355-3334


TESTE GAS GAS EC 200escrito por Leonardo.Matsui , 20 de agosto de 2009.
Fonte: www.clubedasmotocas.com.br

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