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TCM

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

JORGE BALBI PERDEU PARA ELE MESMO NO EDGEL SX.


O Desafio Internacional Edgel de Supercross, realizado dia 11 de outubro na cidade de Capim Branco, Minas Gerais, pode comprovar para o público presente, os que acompanharam pela ESPN Brasil, e principalmente para o público que não acompanha a trajetória do Jorge Balbi Jr., que estes anos competindo no AMA Supercross e AMA Motocross tem sido muito positivo para o piloto.

Era nítida a diferença de nível técnico, velocidade e leveza que Balbi tinha em relação aos outros pilotos. Na bateria classificatória Balbi ganhou, fácil com o piloto americano Vince de Vine em terceiro lugar.

Os outros estrangeiros Roberto Castro, da Costa Rica e Humberto Martins da Venezuela andaram muito bem e garantiram vaga para a final. Dos brasileiros, Ratinho, Jean Ramos, Pipo Castro e principalmente Rafael Zenni foram os destaques.

Zenni e Pipo Castro parecem se adaptar muito bem neste tipo de pista travada ao estilo de Arena Cross, andaram com leveza ao mesmo tempo muito eficientes. Apesar da pista estar bem travada, estreita em alguns pontos, foi nítida a dificuldade das 250cc para “limpar” alguns obstáculos. Todos que estavam com esta cilindrada tiveram que usar muito jogo de corpo e acelerar a moto até “no cabo” para corrigir nos encaixes das rampas. As 450cc emendavam com certa facilidade e conseqüentemente ganhavam segundos preciosos por volta.


BATERIA FINAL
O que se viu foi o total domínio de Jorge Balbi (foto). E para falar a verdade a pista estava muito travada para ele, piloto acostumado com as pistas em um nível técnico altíssimo do AMA Supercross e AMA Motocross, numa pista desta não tem como criar uma diferença monstruosa. No início Dudu Lima e Rafael Zenni andaram bem próximo e Dudu chegou a colocar a moto lado a lado de Balbi em uma curva, mas ficou só nesta ameaça.

O Costarriquenho Roberto Castro vinha numa forte recuperação e não poupou fortes block pass nos brasileiros para garantir a segunda colocação. Principalmente em Ratinho acho que foi um exagero, pois já estavam no início das costelas e o brasileiro foi ao chão e sua moto morreu, atrapalhando de vez suas chances na corrida.

Roberto Castro manteve forte a caça a Jorge Balbi, mas este avisado por sua equipe tratou de aumentar o ritmo. Faltando menos de 5 minutos para o fim da prova aconteceu o imprevisto: Balbi deixa sua moto apagar em um trecho mais simples da pista... E como todos sabem, se fosse uma Motocross 2 tempos no primeiro clique ela pegava, mas as motos 4 tempos... Foram várias pedaladas para a moto pegar e os pilotos foram passando...

Roberto Castro, Dudu Lima e Rafael Zenni. Estes cinco minutos foram os piores da vida de Balbi, ele e nem o público acreditavam no que tinha acontecido, uma prova praticamente ganha e ao seu final, este imprevisto.

Balbi fez voltas muito rápidas e neste momento pudemos ver realmente sua técnica, pois ele teve que aplicar todo o seu conhecimento e velocidade para alcançar seus competidores. Mas o tempo era curto e Balbi chegou bem próximo de Pipo Castro e Zenni, que duelaram brilhantemente por toda prova.

Enfim, Balbi perdeu para ele mesmo !!! O nível técnico e velocidade do nosso maior piloto é sem sombra de dúvidas alguns degraus acima dos brasileiros que aqui competem e também aos pilotos latino-americanos que estiveram no evento.

Caso sua moto não morresse, Roberto Castro poderia no máximo aproximar, mas não ultrapassá-lo. Quanto ao americano Vince deVine ele andou bem, mas como o próprio nome nos Estados Unidos não é muito citado na imprensa especializada, andou no pelotão do meio sem muita expressão.

A corrida serviu para muita coisa: para o público ver o nível de tocada do nosso maior piloto da atualidade, serviu para reafirmarmos que precisamos melhorar o nível técnico de nossas pistas tanto de Motocross quanto Supercross. Temos que sempre manter este intercâmbio com pilotos de outros países e assimilarmos o que eles fazem com eficiência.

Uma pista travada, sem muitas dificuldades técnicas como vimos nesta edição do Supercross Edgel nos leva a estagnação técnica. Temos que procurar fazer pistas seguras, largas, velozes que proporcionem um espetáculo lindo e que os nossos pilotos continuem evoluindo.

Redação Mundocross
Texto by Cláudio da Mata
Foto by Idário Araújo

2 comentários:

  1. Muito boa matéria, com relatos precisos do que realmente aconteceu durante a prova do Desafio Internacional de Supercross de Supercross. Concordo 100% com tudo que foi relatado, uma vez que estive presente ao evento e confirmo o que consta nessa matéria, sem tirar nem por.
    Parabéns TCM!
    Abs,
    Sandra Souza
    Empresária do Piloto RAFAEL ZENNI

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  2. É UMA GRATA SATISFAÇÃO RECEBER UM COMENTÁRIO EM NOSSO BLOG, DE UMA PESSOA DA EQUIPE DESTE GRANDE PILOTO DO MOTOCROSS BRASILEIRO, QUE É O RAFAEL ZENNI.

    TIVEMOS VÁRIAS OPORTUNIDADES DE ENCONTRAR COM O ZENNI,DENTRE ELAS NA ETAPA DO BRASILEIRO DE MX EN JUIZ DE FORA NO ANO DE 2004 EM QUE ELE DISPUTOU NESTA PROVA O TÍTULO BRASILEIRO DA MX2 COM O FLORENZANO, PELA EQUIPE HONDA, TAMBÉM EM ALGUMAS ETAPAS EM CACHOEIRO DO ITAPEMIRIM NA EQUIPE OASIS, SEMPRE NOS ATENDENDO COM MUITA ATENÇÃO.

    UM GRANDE ABRAÇO A TODOS E ESTAMOS SEMPRE DE OLHO NAS NOTÍCIAS DA EQUIPE SUZUKI.

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