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terça-feira, 20 de outubro de 2009

US Open Supercross – UM BALDE DE ÁGUA FRIA.


Sabe aquela coisa que te fazem imaginar que é algo fabuloso, fora do normal e tudo mais, mas quando você vê enxerga que não é nada daquilo. Foi o que aconteceu comigo ao ir assistir pela primeira vez o US Open Supercross 2009 em Las Vegas, nos dias 9 e 10 de outubro. Foi como se tivessem me jogado um balde de água gelada, tamanha a minha decepção.

Na chegada ao MGM Grand Hotel tudo maravilhoso, lindo demais de se ver, com duas réplicas da YZ 450F 2010 do James Stewart nas duas entradas do hotel para o pessoal ver, muito legal. O MGM é o hotel com mais quartos em Las Vegas, são mais de 5.000 apartamentos e por coincidência encontrei com o piloto catarinense Anderson Cidade no corredor do hotel, coisa que se tivéssemos combinado, não daria certo hehehe.

Chegando nos boxes, que ficam do lado do MGM Grand Garden Arena, já começou a decepção. O espaço dos boxes é extremamente pequeno, e consequentemente por isto, poucas carretas de equipes estavam lá. Na verdade tinham umas seis, quando o normal nas provas do AMA Supercross é ter mais de 25 carretas, mas isto não pelas equipes não quererem levar os caminhões, mas por que não tinha espaço para as equipes, como por exemplo a Geico Powersports / Honda e a Monster / Pro Circuit / Kawasaki, que estavam lá com furgões !!!

Mas a decepção mesmo veio quando eu entrei no MGM Grand Garden Arena e vi a pista. Para ter noção do espaço, era mais ou menos o mesmo de um campo de futebol 7 !! Ridículo !!! Era praticamente uma pista de Bicicross, fora o duplo da chegada que jogava alto e um pouco distante. A largura da pista era de no máximo 4 metros, o que fazia ter praticamente uma linha só, e por isto as ultrapassagens eram difíceis e normalmente com block pass.

Para quem vê em vídeo e fotos, como eu até então tinha visto, a dimensão engana, fazendo se pensar que a pista é grande. Só mesmo estando lá para ver que a coisa é palha demais, não se comparando em nada com as etapas do AMA Supercross. A minha percepção do US Open Supercross é que é de um evento não para mostrar o que é o Supercross, mas sim para fazer dinheiro, tanto com patrocinadores, como com apostadores no casino.

E nas cadeiras da Arena, o público ocupava apenas 40% do espaço. O motivo disto com certeza é o valor dos ingressos, que pelo que oferece deveria ser menor que no AMA SX, mas é mais caro !!! E para piorar a situação, as cadeiras estão num nível muito mais alto que o piso da Arena e com isto se você fica sentado em um dos lados, não consegue enxergar uma das retas !!!

Bom, vou deixar de falar sobre o cenário e falar das corridas. O US Open SX, assim como em todos grandes eventos nos Estados Unidos, teve a sua abertura oficial e isto estava bonito, com show de luzes e fogos. Depois vieram as corridas de homem contra homem, com os dez melhores no treino cronometrado se enfrentando, e cada um que vencia sua disputa, levava um ponto extra. A corrida homem a homem é apenas legalzinha, pois não se compara as disputas com 20 motos no gate.

Depois disto veio as classificatórias e depois a categoria 85, que mostrou o futuro do Motocross americano em ação. Adam Cianciarulo, que anda pela Pro Circuit / Kawasaki, deve andar melhor no Motocross, pois no Supercross ele não conseguiu superar o pilotinho Chris Alldredge, que anda de Yamaha, que fez um 2-1 e se sagrou campeão do US Open SX 2009 na categoria 85.

Após a bateria única das 85, vieram as semi-finais e depois as baterias, sim, baterias de últimas chances hehehe E por fim a bateria final de cada noite, que na soma dos resultados sai o campeão do US Open Supercross, que ganha um prêmio de U$100.000 e este ano novamente James Stewart levou o cheque para casa, pois fez um 1-1, não dando nenhuma chance para seus adversários, que estão um degrau abaixo do piloto da Flórida.

Na segunda posição no geral ficou o grande e gordo Davi Millsaps, piloto oficial Red Bull / Honda, que levou um cheque de U$35.000 para a sua casa na Geórgia. E o terceiro a subir no pódio foi o australiano Dan Reardon, da equipe semi-oficial Geico Powersports / Honda, que faturou um cheque de U$20.000. Uma premiação nada mal para um final de semana de corrida, não é mesmo !?!?!

Depois desta experiência, a dica que eu dou é, se você estiver querendo ir para os Estados Unidos para assistir um Supercross, se programe para ir numa etapa do AMA Supercross, pois o US Open SX posso dizer por experiência própria que é um evento fraco, que só se salva pela maravilhosa e iluminada Las Vegas, a cidade que não dorme.

Redação Mundocross
Texto by Jorge Soares
Foto by Jorge Soares

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