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TCM

sábado, 19 de setembro de 2009

DICAS DE CONSERVAÇÃO DE EQUIPAMENTOS.


Dica - Como aumentar a durabilidade dos equipamentos?

Por Fernando Silvestre

CAPACETE
O ideal no off Road é um capacete com forro removível. Afinal, todos nós vamos suar, encarar a poeira e lama. Também é possível lavar um capacete de forro fixo, mas dá muito mais trabalho e o resultado é bem pior. Hoje em dia, quase todos os novos capacetes já possuem forro removível. O melhor produto para lavagem é o Shampoo neutro (na real mesmo, eu uso o que estiver no banheiro, e torço para a “Dona Patroa não ver quando eu uso aquele especial que ela comprou, a preço de ouro). Lavar forro e pads com o shampoo, passar bastante água, retirar o excesso de água com um pano ou toalha e secar na sombra. No mínimo são 2 dias para fica bem seco.
Na parte interna, passo um pano úmido com sabonete e um pano úmido só com água. Mas como o isopor é a parte crítica, nada de remover ou usar muita força. No casco também lavo com shampoo e seco com um pano. Nada de água com grande força, tipo Vaap ou mangueira, pois pode danificar o verniz e os adesivos. No máximo um chuveiro para quando a lama for muita. Saiba que o melhor momento para verificar seu capacete surge no ato da limpeza. Se houver algum dano no isopor já era, troque! Por exemplo, se o capacete estiver no guidão e a moto caiu parada, vai fazer um buraco no isopor. Simplesmente este capacete não garante mais a sua segurança, infelizmente não vale mais a pena o risco. Fique atento, pois este equipamento não pode falhar se você precisar dele, sua vida correrá perigo.
Em provas longas ou trails de mais de um dia, o ideal seria ter mais de um forro e pads, para ir trocando a cada dia. Mas já ajuda muito se durante remover o forro e pads, passar um pano úmido e deixar tomar um ar. No dia seguinte o conforto vai ser outro, experimente! Só não vá me perder o forro durante a noite…

BOTA
Outra peça muito importante no nosso equipamento é a bota. Na hora em que a moto perde o equilíbrio, o primeiro apoio é o pé. E não adianta tentar evitar, pois é instinto. Para piorar, depois dos pneus, a primeira peça a se esfregar no atoleiro é a bota. E a lama que seca e não é retirada, resseca o couro e diminui a vida útil da bota.
Portanto lembre-se sempre: BOTA SUJA DURA MENOS.
Lavar a bota na ducha Vaap, logo após a trilha ou treino, pode ser uma boa para tirar o excesso, mas usar a água muito forte e por muito tempo, também danifica o couro.
A maneira mais indicada é no tanque, usando uma escova do tipo de nylon e e com detergente, aquele da pia da cozinha. Depois de limpar a parte de fora, recomendo lavar o interno com sabão em pó e usando uma esponja macia. Para secar, sempre a sombra, retirar a palmilha e se possível por algumas horas, deixa a bota de ponta cabeça, para sair toda a água de seu interior. Outra dica legal é deixar algum objeto que mantenha a porta aberta, melhorando a secagem.
Não há problema de guardar a bota em pé, mas muita gente gosta de deixar ela deitada. Eu Por exemplo, há anos guardo em pé e não percebi problemas. Vale a pena, após a lavagem, dar uma verificada no estado da bota e um reaperto nos parafusos de fixação dos fechos. Porém, se sua bota precisa de cola, elástico, pedaço de câmera, zip tie ou qualquer outra “gambiarra”, provavelmente esta bota já não está mais tendo a rigidez necessária para proteger seu pé e tornozelo. Vejo muita gente usando botas que já deviam estar “aposentadas” há muito tempo. Aí ela perdeu sua qualidade principal, como equipamento de proteção.

CAMISAS DE TRILHA, E LUVAS DE TRILHA

Para as luvas e camisas, tratamento igual ao de qualquer outra roupa. Um pouco de amaciante é legal. Mas mais uma vez repito o que disse na edição passada: sempre secando na sombra! Não recomendo passar, pois temos hoje em dia etiquetas emborrachadas, que vão ser destruídas. E não vale misturar com a toalha de mesa, pois vai dar confusão.

CALÇA DE TRILHA

Para a calça, recomendo lavar na mão com uma escova e sabão em pó, pois ela esta sempre mais suja e como é uma peça pesada, pode estragar a máquina. Conheço muita gente que leva tudo à maquina sem problemas. Para aqueles dias de muita lama, a solução é primeiro bater uma água com certa força, deixar um pouco de molho, trocando a água com freqüência e colocar um pouco de sabão em pó. E depois é só lavar normalmente.

COLETES
Normalmente eu limpo o colete com panos úmidos e sabão. No caso da lama estar “braba”, lavar com água corrente. Recomendo um chuveiro ou mangueira com pressão moderada. Sempre usando sabão em pó. Se o seu colete usar parafusos, esta é a hora ideal para apertá-los, aumentando sua vida útil.

CINTA ABDOMINAL

Recomendo lavar as partes mais rígidas com escova e sabão em pó e a parte em tecido, esfregar com cuidado, como uma roupa, senão estraga o velcro precipitadamente.

JOELHEIRA E COTOVELEIRA
No mínimo estas peças precisam “tomar um ar” entre cada trilha. Mas recomendo lavar com sabão em pó no tanque, também tomando cuidado com os velcros. No caso dos braces, devem ser limpos com pano úmido e as tiras lavadas manualmente.

ÓCULOS

Lavar as lentes na torneira com sabonete ou detergente. Secar com uma toalha ou papel toalha. Se precisar lavar o óculos todo, tem que ser feito com cuidado. Usar água com baixa pressão e retirar o excesso com uma toalha. Como todos os demais, secar na sombra vai manter a espuma firme por mais tempo.

MOCHILA DE HIDRATAÇÃO

A parte mais importante é o reservatório. Se você deixar ele fechado com água vai criar 1001 “criaturas não identificadas”. Algumas dessas criaturas vão te levar, com certeza ao hospital algum dia.
Então é importante passar água limpa. Pode usar um produto chamado HIDROSTERIL, para dar aquele acabamento.
Vamos privilegiar nossa segurança, pois a pior parte do acidente é não fazer trilha na semana seguinte ! E para evitar isso, só bom censo e bons equipamentos em condição de proteger !
Boas trilhas e juízo !

* Fernando Silvestre é trilheiro há mais de 20 anos, e sempre esteve presente nas trilhas. Ele tb é funcionário da Silva Mattos empresa responsável por marcas como ASW, FOX, Shift, Acerbis, Tag dentre outras.

Fonte: Revista Pro Moto nº 90

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